Após derrota, Haddad promete se reconectar às bases e aos pobres
Relembrando um trecho do hino nacional, petista disse que 'um professor não foge à luta'
Relembrando um trecho do hino nacional, petista disse que 'um professor não foge à luta'
Pouco menos de duas horas após Jair Bolsonaro (PSL)
ter se tornado presidente do Brasil, o segundo colocado na eleição,
Fernando Haddad (PT), fez um discurso no qual disse que ele não
desistirá de defender seus ideais, lutará para manter as instituições e
se reconectará com as bases e os pobres do país. A fala de Haddad, de
voltar a se encontrar com a população, veio após o rapper Mano Brown ter
criticado as falhas na comunicação com o "povão".
Antes mesmo
de começar sua fala, o público fez um minuto de silêncio em memória
àqueles que morreram durante a campanha eleitoral, como o mestre de
capoeira baiano, conhecido como Moa do Katende e morto com 12 facadas
após discussão política , e o cearense Charlione Lessa Albuquerque,
assassinado enquanto acompanhava uma carreata de apoiadores de Haddad. A
vereadora Marielle Franco também foi lembrada na homenagem.
Haddad
iniciou seu pronunciamento agradecendo a família, os apoiadores e todos
os 45 milhões de eleitores. O petista reforçou o valor da coragem, que
aprendeu com seus antepassados e que o motiva a seguir na luta política.
—
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer meus antepassados. Aprendi com
eles o valor da coragem para defender a justiça a qualquer preço. Meus
pais a memória dos meus avós me ensinaram que a coragem é fundamental —
relembrou Haddad.
O segundo colocado nas eleições presidenciais
de 2018 pontuou que nos últimos dias viu a festa da democracia tomar as
ruas. Ele contou que viu muitos apoiadores à sua candidatura, muitos nem
sendo ligados a partido político ou algum tipo de associação. Haddad
pontuou, entretanto, que o período pede conscientização porque, em sua
avaliação, "tem muita coisa em jogo".
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